O Grupo Parlamentar do PCP teve conhecimento, através de denúncia da CGTP-IN, de uma situação inaceitável e chocante de represália e vingança sobre uma trabalhadora despedida ilegalmente. Esta trabalhadora não aceitou o despedimento ilegal, recorreu para tribunal, onde venceu o processo, com o direito a indemnização e reintegração no posto de trabalho.
Desde então, tem sido vítima de represálias por parte da entidade patronal – «Corticeira Fernando Couto – Cortiças, S.A». Desde a reintegração, em 7 de maio deste ano, a trabalhadora foi “condenada” a um trabalho completamente improdutivo, de carga e descarga de uma palete com os mesmos sacos, com mais de 15/20 quilos, ao sol, num ambiente com temperaturas às vezes superiores a 40/45 graus centígrados, com constantes hemorragias nasais.
Acresce ainda que, tem sido alvo de constantes provocações verbais e de comportamentos discricionários que atentam contra a sua dignidade, como proibida de utilizar o WC usado pelos restantes colegas. Esta situação inaceitável chegou inclusivamente ao ponto de ter sido obrigada a utilizar um WC com tempo de uso controlado e sem o mínimo de privacidade, vendo-se obrigada a trazer de casa um pano preto para ocultar a visibilidade para o interior.