No passado sábado, o PCP organizou uma sessão pública sob o lema “Que tal vai essa saúde?! Uma conversa sobre o Serviço Nacional de Saúde, com o objectivo de discutir os problemas sentidos no Serviço Nacional de Saúde e de como estes tomam forma um pouco por todo o concelho – do Hospital de Águeda, ao Centro de Saúde e na maioria dos seus Pólos e Extensões de Saúde.
Durante esta sessão, foram relatadas as experiências de diversos utentes – nomeadamente no Pólo de Valongo do Vouga,da UCSP Águeda I , nas Extensões de Saúde da Mourisca do Vouga, Belazaima do Chão e mesmo no Hospital de Águeda.
Faltam médicos, enfermeiros e profissionais de saúde nos diversos Pólos e Extensões de Saúde do Concelho. O Hospital foi paulatinamente delapidado das suas valências, nomeadamente do serviço de cirurgia; o serviço de especialidades médicas; o internamento em cardiologia; a patologia clínica; a farmácia; os exames complementares de diagnóstico em cardiologia; a ortopedia e no serviço de urgências as valências de cirurgia, a ortopedia e o apoio laboratorial.
Ficou, assim, claro que o direito ao acesso aos cuidados de saúde está cada vez mais afastado da realidade do povo e dos trabalhadores de Águeda. A falta de investimento crónico no SNS por parte do Estado Central, a não contratação e fixação de profissionais de saúde e a crescente responsabilização nesta matéria que recai sobre o aparelho autárquico, indicando a clara tendência para a municipalização da saúde, numa lógica de desresponsabilização do Estado Central numa matéria essencial para a vida das populações.
O Serviço Nacional de Saúde defende-se com a implementação de soluções concretas. É urgente a contratação e fixação de profissionais de saúde, nomeadamente a valorização de carreiras e remunerações, a implementação da dedicação exclusiva, a atribuição de médico e enfermeiro de família a todos os utentes, a recuperação das listas de espera. É urgente que os cuidados de saúde primários sejam dotados de instrumentos mínimos de diagnóstico e que o Hospital de Águeda recupere as valências cortadas, como o PCP tem vindo a propor desde 2014.
O povo e a população de Águeda podem continuar a contar com o PCP em defesa do Serviço Nacional de Saúde, único garante do direito à saúde.