A proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo do PS revela as suas opções de fundo de subserviência aos grandes grupos económicos e à União Europeia, procurando reduzir dívida e défice à custa da redução de salários e de pensões, deixando à míngua serviços públicos e agravando injustiças.

Concluída que está a sua discussão, é evidente que este Orçamento não dá resposta aos problemas que afectam o povo e os trabalhadores.

O PCP apresentou mais de 400 propostas de alteração que foram rejeitadas com o voto do PS, sozinho, ou acompanhado por PSD, Chega e Iniciativa Liberal. Facto que demonstra uma grande convergência do PS com os partidos mais à direita.

Assim, o PS e restante direita aliaram-se para travar, entre outras, a valorização dos salários e pensões, a redução do IRS para os rendimentos mais baixos, o controlo dos preços, nomeadamente com a redução do IVA na electricidade, gás e todos os alimentos para 6% e nas telecomunicações para 13%, a tributação dos lucros dos grupos económicos, o fim dos vistos Gold, a garantia do direito à habitação e impedir que as famílias fiquem sem casa.

O PCP apresentou várias propostas para a resolução de problemas do povo e dos trabalhadores do distrito de Aveiro:
A concretização do alargamento do Hospital de Aveiro, há anos prometida;
A construção ou requalificação de Centros de Saúde, nomeadamente de Albergaria-a-Velha e Egas Moniz, em Santa Maria da Feira;
A garantia de médicos e enfermeiros de família para todos os utentes;
A eliminação das portagens na A29 e A25;
A conclusão das obras na Variante à Estrada nº 222, entre Pedorido (Castelo de Paiva) e Canedo (Santa Maria da Feira);
A conclusão do IC35, assegurando a ligação entre Penafiel e Sever do Vouga, com Castelo de Paiva, Vale de Cambra e Arouca como pontos intermédios.
O reforço dos transportes públicos, assegurando maior oferta, a redução do preço dos passes e a gratuitidade para menores de 18 e maiores de 65 anos.

Aprovado o Orçamento, que contou com o voto contra do PCP, os problemas do País manter-se-ão. O povo e os trabalhadores precisam de uma outra política, uma política alternativa, patriótica e de esquerda que rompa com a política de direita de PS, PSD, Chega e IL.

Da parte do PCP fica o compromisso de continuar a intervir pela resolução dos problemas do povo e do País, não esquecendo que é com a unidade e a luta dos trabalhadores que se construirá um Portugal com futuro.

A Direção Regional de Aveiro do PCP